terça-feira, 24 de agosto de 2010

O Primeiro Dia

No Brasil, como se sabe, o verdadeiro dia primeiro de janeiro é a quarta-feira de cinzas – à tarde. É o dia nacional do recomeço solene, quando milhões de pessoas em todo o país colocam a mão sobre uma agenda nova e juram dizer a verdade, fazer o bem e somente o bem, organizar suas estantes, procurar seus amigos, parar de fumar, beber menos (Ou, parar de beber), comer melhor, visitar a tia Cleoci e pelo menos se esforçar para entender a teoria quântica, já que a econômica é impossível. Enfim, começar uma nova vida. Da capo. Do zero. É o primeiro dia da volta ao paraíso antes da serpente original. Descontada a ressaca (de alguns), somos os Adãos e as Evas da segunda chance, prontos para reinaugurar o mundo. Isto se chama chão e isto parede, aquilo lá fora sol e isto na minha mão comprimido antiácido, ou será o contrário? Depende da nossa vontade e somente dela. O futuro é uma folha pautada esperando a primeira anotação do ano que tanto pode ser “Dentista” na sexta quanto “Deus, levar questionário” no sábado. Dia de contrição e onipotência. A virtude nos envolve como um halo e somos outros, somos decididamente outros, e certamente melhores. Uma sensação que geralmente perdura até a quinta, quando vamos ao banco ver o saldo da conta.

(Luís Fernando Veríssimo, grifos do leitor de primeira mão).

segunda-feira, 23 de agosto de 2010


O Senhor é a minha luz e a minha salvação; de quem terei medo? O Senhor é a fortaleza da minha vida; a quem temerei?
 (Salmos 27.1)

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Seja realmente um ser vivo...


Por muito tempo me mantive distante de palavras reunidas por mim, abandonei o que havia sido colocado em minha mente. Mas o maior desses motivos não é a falta do tempo, a ocupação constante ou coisas que posso ter dito ou que você mesmo diz quando não faz algo que deveria ter feito. A maior culpada de tudo isso – meu abandono mental – foi à preguiça. Enfim, eu assumo.
E esse pode ser o problema que mais destrói vidas, que mais acaba com palavras, que mastigam nossas mentes. Esse problema pode desencadear uma série de descontrole vital, tais como o insucesso escolar, o sedentarismo, causando a obesidade e até mesmo depressões e muitas coisas que podem acabar com a vida de qualquer indivíduo. Realmente fico perplexo quando vejo alguém reclamando que sua vida está parada, e quando buscamos saber o porquê do relento, ouvimos frases que nos irritam, mas nos mostram o caminho para acabar com o problema, a mesma pode ser dita de várias formas, “Tenho preguiça”, “Estou com preguiça”, “Não tenho ânimo”, “Quero fazer algo deitado” e outras milhões de palavras que por vista podem substituir a designação original, mas demonstra o mesmo.
Posso não ter encontrado a solução mais eficiente que combata realmente a preguiça, mas se levarmos para o lado de comandarmos e sermos comandados, podemos ter um controle da mesma. Eu prefiro mil vezes me controlar a deixar que meu corpo ou minha preguiça me controle, sinto-me muito mais feliz quando desafio minhas pernas em correr dois quilômetros sendo que elas achavam que corriam quinhentos metros. A resolução de tal problema, e talvez o maior, encontra-se realmente em ti, na tua mente ou nos seus músculos ativos que se encontram hibernando. Dê um tapa nas suas pernas e diga: “ACORDE!” Tenha uma vida mais ativa, seja mais animado! Porque a vitória vital só se alcança quanto temos determinação, e não há como tê-la juntamente da preguiça.                   

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

O amor é o dom supremo


Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos, e não tivesse amor, seria como o metal que soa ou como o sino que tine.
E ainda que tivesse o dom de profecia, e conhecesse todos os mistérios e toda a ciência, e ainda que tivesse toda a fé, de maneira tal que transportasse os montes, e não tivesse amor, nada seria.
E ainda que distribuísse toda a minha fortuna para sustento dos pobres, e ainda que entregasse o meu corpo para ser queimado, e não tivesse amor, nada disso me aproveitaria.
O amor é sofredor, é benigno; o amor não é invejoso; o amor não trata com leviandade, não se ensoberbece.
Não se porta com indecência, não busca os seus interesses, não se irrita, não suspeita mal;
Não folga com a injustiça, mas folga com a verdade;
Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.
O amor nunca falha; mas havendo profecias, serão aniquiladas; havendo línguas, cessarão; havendo ciência, desaparecerá;
Porque, em parte, conhecemos, e em parte profetizamos;
Mas, quando vier o que é perfeito, então o que o é em parte será aniquilado.
Quando eu era menino, falava como menino, sentia como menino, discorria como menino, mas, logo que cheguei a ser homem, acabei com as coisas de menino.
Porque agora vemos por espelho em enigma, mas então veremos face a face; agora conheço em parte, mas então conhecerei como também sou conhecido.
Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e o amor, estes três, mas o maior destes é o amor.
(Coríntios.13)

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Felicidade Transfigurada 2.0


Mais uma vez viajo para um mundo além, mais uma vez estou me transfigurando para um lugar anormal. Dessa vez imagino-me em um mundo de impossíveis, um mundo em que podemos tomar banho com fone de ouvido, tomar o sorvete enquanto o mesmo toca músicas, beber refrigerante com uma Iphone embutido. Talvez tudo isso, seja paranormal, ou imaginações de um estranho escritor. Pensamentos fluidos sem ter alguma finalidade pode nos causar muitas dúvidas, podem deixar-nos confusos. Mas será que tudo isso de sua mente não tem um por quê? Ou você está evitando ver o motivo... A segunda possibilidade pode ser a mais provável. Tudo bem que se tomarmos banho com um fone, obviamente ele estraga. E para tomarmos sorvete que toca música só é possível se adicionarmos um MP4 no interior do mesmo.  
Mas essa não é a finalidade de todas as loucuras mentais. A única e melhor das finalidades sobre todas essas coisas é de fazer-nos felizes , estimulando-nos a buscar tudo novo. A dar um chute na melancia e não sentir dor. A jogar bola com um tênis velho e pensar que está chutando a Jabulani. Talvez o motivo de tudo isso seja fazer com que você voe e sinta-se o Peter Pan, pensando que não há tristezas no mundo. Fazendo de seu dia o mais feliz de sua vida, e tendo a felicidade constante. Se imaginar sempre.

É fácil, se você tentar.

Gostaria de algum dia dizer que gostarei eternamente de maracujá, e que nunca comerei berinjela. De dizer em um encontro, que gosto de pessoas que demonstram. Que dizem de tudo. Mas sei que não será assim. Sei que posso gostar disso por hoje e amanhã não querer sentir o cheiro do maracujá e gritar de vontade de experimentar berinjela. Talvez a palavra “gostar” e “não gostar” podem não ser fixas, sendo apenas um desejo passageiro. Acompanhando-nos em momentos da vida e nos abandonando na primeira sacudida que levamos. Estranha é a capacidade de trocar de gosto, de vontade, de deixarmos tudo o que demoramos a conquistar em nossa mente e em nossa boca. Para arriscarmos algo que nunca experimentamos, colocar em nossa boca algo parecido como uma uva do tamanho de um abacaxi e abandonar o nosso desejável caldo amarelo com bolinhas negras. Podem ser estranhas todas essas comparações que devo estar fazendo, você pode estar se perguntando o que é a uva do tamanho de um abacaxi, ou de onde vem esse caldo amarelo. Mas digo-lhes que fui capaz de usar esse modo figurado para estimulá-lo a usar o que costuma nem lembrar. Sair do normal, e da vida dos olhos e partir para a vida do cérebro. Sim, é isso! Imagine, busque ver tudo novo, tente uma nova vida. Não tenha medo de dar um passo para frente quando fica apenas parado. Basta crer no seu potencial, e na sua vontade de mudar.         

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Abra seus olhos para ver o que tentam te mostrar


Posso estar descarregando tudo o que mais sinto, ou o que mais penso. E isso pode lhe causar um choque, ou até mesmo um susto. Mas é necessário dizer sobre problemas e complicações, diretamente sobre crença.
Imagino-me em um mundo em que há todas as possibilidades para crermos em apenas um poder e ao invés disso criam-se milhões de coisas inadmissíveis, “relíquias” ou artefatos para poderem fugir do que mais precisamos. Seria como tentar evitar o estudo, algo que precisamos para estarmos completos mentalmente. Impressionante a capacidade do seres humanos em acreditar em tudo o que mais gostam ou veneram e não enxergar a força que os criou.  Surpreendo-me cada vez mais quando vejo humanos venerando times, autores, pintores, estátuas, pedras, cantores/bandas e milhões de coisas que me assusta apenas por saber. Posso estar falando como se não fosse um humano escritor. Mas verdadeiramente, confesso. Sou apenas um escritor humano, porque se realmente para ser humano preciso crer e venerar tudo isso que renego. Prefiro ser discriminado por todos e ser chamado de irracional.
O clímax de toda essa loucura humana é o fato de dizerem que não acreditam em nada. Não sei o que é verdadeiramente ruim, crer em coisas feitas por homem ou crer em coisa nenhuma.
             Posso estar hesitando em abrir uma aspa sobre a polêmica conversa: crenças. Mas necessitei mesmo de dar um grito expresso, usar minhas palavras como fitas adesivas para supostamente abrir os olhos de muitos. Aceito claramente se mesmo depois de ler isso, e pensar profundamente sobre o que tentei demonstrar, não crer em coisa alguma ou continuar venerado o que diz ser teu progenitor. Mas se você foi feito por um boneco de barro ou por um time de futebol. Deveria pensar muito bem sobre a força que eles têm para criar o mundo e você.