quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Entre mim e a Humanidade


Não sei que instinto prevalece sobre mim quando encontro-me em estado monstruoso. Não digo de monstro com patas enormes e garras afiadas, mas de um monstro mental, que devora felicidade e destrói boas emoções. Por isso que sempre busco me afastar de pessoas, e até mesmo de animais. Não sei que diferença isso fará ou se realmente fará uma diferença, mas a satisfação de não estar ferindo alguém, de não magoar pessoas, nesse momento prevalece e por alguns instantes me alegro, mas a maior batalha é o que esse lobo fará quando as pessoas se aproximarem dele, sem que ele saiba, para apenas observar o local ou até mesmo a fera. Nesse momento que enlouqueço, não sei minha atitude ou minha palavra, não sei se vou falar com ela, a vítima, e magoá-la ou se ignoro e acabo magoando-a da mesma forma. O maior problema é que esse destruidor ainda não encontrou uma caverna em que haja uma pedra para arrastá-la até a porta e se manter longe de todos para sempre, e nem um método de avisar que há uma fera a solta pela cidade e pelo mundo. Mas enquanto não encontro um ponto de equilíbrio, ou uma fera maior para devorar-me ou até mesmo a caverna, minha utopia, vivo em um mundo de alimentações nostálgicas de destruições antepassadas e a espera, com fé,  de uma força Divina que me transforme em domesticável e dócil.              

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